segunda-feira

O fim

Além, onde o joelho esmaga a vontade da pedra fria, as mãos unidas a uma, prece de pecador, pecadora, tantos e tantas, vezes sem conta que se condenou, se permitiu, se arrependeu, nunca comungado o desejo, sempre à pele.

Haverá sempre a repetição do gesto. Da vontade. É como a fome, dá sem deixar espaço para pensar em coisa alguma, que do espirito e da alma e da santissima trindade, contando mulher, corpo, ensejo se chega a um algarismo que tanto pode ser um como um tríptico, vá lá que são uno mas disso só ela sabe.

Do rosário interior desfiou promessas. Não voltará a pecar. Não voltará a esta laje suja, aparador de tantas outras que ali se dobraram na dor do remorso, os seus joelhos mais limpos agora, pernas para correr e fugir de ruas em sentido proibido pelos olhares curiosos, devastadoramente censuráveis no conhecer, conhecê-la, sabê-la, tudo isto é vão, tudo isto são palavras no futuro, um dia emenda-se. De vez.